sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O idiota e a moeda - Arnaldo Jabor


O IDIOTA E A MOEDA - Arnaldo Jabor


       Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
       Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
       Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
       - Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
       Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
       A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
       A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?       A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
       Mas a conclusão mais interessanteé: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
       Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
       O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.
       Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.
       Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.



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"Não andeis ansiosos de coisa alguma, em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ação de graças." (Fp. 4.6)

Um comentário:

  1. Viva Sr: Pedro Santa Inês.Apreciei muito o trabalho desenvolvido aqui neste seu espaço de carinho e bem estar. De igual forma permita-me agradecer a visita que se dignou conceder ao meu " lenhador". Aquele quadro que acompanha o poema é, também ele, um poema mas esse de minha autoria, desculpe-me a imodéstia. Aceite um sincero abraço!

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