Caiu de joelhos no chão. Orou em voz alta com lágrimas rolando por todo seu rosto e soluçando: "Me perdoe se tudo não era como antes. Tenho estado distante. Preocupado com a igreja, com o ministério, com minha família, com alguns projetos, com o evangelismo, com a faculdade e tantas e tantas coisas. É engraçado, embora eu esteja fazendo tua obra, eu me sinto mal por não estar orando como deveria, te buscando como buscava. Sabe, Deus, lembrei agora da frase do meu professor: "Não troque o Deus da obra pela obra de Deus". Eu tenho feito isso, perdão. Não deixe que eu me acostume com a igreja. Não quero estar com o pensamento na lua enquanto toco para ti. Não quero me preocupar com a perfeição dos acordes, dos arranjos, dos solos. Não quero me preocupar se estou no ritmo certo da música ou se a guitarra está baixa demais. Não quero ligar se minha camisa está gomada. Não quero me preocupar com meu cabelo. Não quero estar nem aí pras pessoas que me verão chorar. Não vou dar a miníma se o culto acabar mais tarde. Não vou me preocupar com a prova na faculdade no dia seguinte. Eu quero só me abandonar de novo no teu amor, Pai. Só quero que minha adoração seja sincera a ponto de tocar o teu coração. Só quero sentir tua presença de novo e de novo e de novo e nunca me acostumar com isso. Eu quero levar teu amor pra todo mundo. Eu quero viver perto de Ti. Quero estar na tua casa sem também me acostumar. Quero que a cada dia tu me ensine coisas novas. Quero contar meus segredos mais íntimos e meus sonhos mais loucos. Quero viver pra tua glória. Quero descansar em Ti, Deus. Não quero me grilar com coisas passageiras. Quero que minha confiança esteja em Ti. Quero ser conhecido como um cara louco por Ti, não como o melhor aluno do meu curso, não como o melhor guitarrista da igreja e não como o melhor filho. Quero andar por aí e sorrir porque sei que Tu me amas. Preciso viver para Ti, Deus e ter um relacionamento melhor contigo. TE AMO, PAI." Dan se levantou. Enxugou as lágrimas do seu rosto e sorriu. Era como se todo o cansaço que Ele sentia tivesse passado, como se suas forças estivessem voltando. Pegou sua Tagima verde, sentou-se no chão e fez os primeiros acordes de uma canção que ele nunca tinha terminado, com título que ele mesmo achou estranho depois, De volta ao primeiro amor. *História baseada em fatos reais. Camila Bastos."
do Blog "viver nos conformes:
http://vivernosconformes.blogspot.com/2011/09/de-volta-ao-primeiro-amor.html
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